Texto e
fotos de Valéria del Cueto
Para tudo, para tudo. Entenda no sistema ortográfico que você preferir. É como na brincadeira: MANDRAKE! Mandrake, eu disse, não Homem de Mola! Não entendeu? Nem poderia. Não se brinca mais hoje em dia. Pique, esconde-esconde, queimada, bulita, peão, bafo. Ainda se brinca de “polícia e ladrão” e de mímica. As macaquices para fazer selfie. E olhe lá.
Já se avizinha a 4 revolução industrial, e ainda estamos aqui. Testemunhando o inacreditável (por mais que tivesse sido anunciado pelos “pessimistas de plantão”), desenrolar dos acontecimentos do que nos resta. E resta pouco. Um quase nada de coisa nenhuma.
Sei. Pode ficar surpreso com o pessimismo do extraterrestre abandonado até por Ziggy Stardust. Como já vimos na crônica passada Pluct Plact está inconsolável. E continua nessa levada. Fazendo um grande esforço para entender o ser, estar e não tomar o rumo de casa. É isso mesmo. Ela fica lá para as bandas do tal Planeta Nove, já detectado, projetado, mas não fotografado em extensa sua órbita que deve levar de 10 a 15 mil anos por rotação em torno do Sol!
A dedução lógica do ser interplanetário emperrado aqui na Terra é que somente uma missão ainda não cumprida o impede de romper a camada de ozônio e parar o mundo para que ele possa descer.
A questão que não quer calar, nem consegue ser explicada é: por que ele? Será só para continuar o trabalho de (mal) informar a cronista reclusa? Claro que todo mundo sabe que só por meio de suas contações ela fica sabedora do que está acontecendo do lado de fora de dentro desse mundão.
A princípio ela desconfia de qualquer informação com origem na imprensa na qual ela militou por tantos anos. Alguém tem que pagar as contas e a verdade nunca tem numerário suficiente para manter-se isenta, clara e cristalina.
É aí que entram os dados coletados pela nave interplanetária de Pluct Plact, apesar de ultimamente ter havido uma certa tendência a tentar, digamos, realinhar as informações. A intenção é que elas causem o menor dano possível e não sirvam como argumento para que a cronista termine por se isolar ainda mais na cela do outro lado do túnel.
Já pensou se contam para ela assim, na lata, que em São Paulo o prefeito orientou os taxistas a não abordarem certos assuntos durante a corrida? Entre eles religião, futebol e... política! Sob pena de multa. Durou pouco, mas a medida foi adotada e está, portanto, validada para abrir o espaço do Panteão dos Febeapá 2016, inspirado em Stanislau Pontepreta.
Melhor não mencionar que o governo suspendeu a Piracema no país. Medida favorável aos biomas? Não. É para não pagar o salário defenso dos pescadores. É pano para manga e muito bate-boca, pois quem manda nos períodos de defenso são os Estados, e não o Governo Federal. Haverá, então, recadastramento dos inscritos no programa. Sobrou! Para os pescadores e os peixes. O meio ambiente então, nem se fala...
É por não acreditar mais na humanidade intrínseca de quem se diz a viva alma mais honesta do planeta e seus fantásticos seguidores que Pluct Plact prefere esconder da sua amiga os 59 milhões de pessoas com contas atrasadas que remam com a maré na canoa furada do desemprego que demitiu 596 mil só em dezembro de 2015. Rio de Janeiro na cabeça carregando o estandarte e pedindo passagem para o que virá depois das Olimpíadas, que ainda servem como tábua de salvação para alguns. Mas só até o final de 2016...
O único setor que melhorou o desempenho, não por acaso, foi o da agricultura, que cresceu 0,63 em 2015. Fato explicado pela alta do dólar. Ruim para uns, ótimo para outros. Péssimo para a maioria.
Para quem fica, resta pouco. A um trisco de entrar no olho do furacão, dança quem não tiver jogo de cintura e, se possível, samba no pé para sobreviver nesse carnaval de incertezas.
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