sexta-feira, 10 de abril de 2009

Do meu canto, o Alegrete


Do meu canto, o Alegrete
Texto e fotos de Valéria del Cueto para a serie Fronteira Oeste do Sul do SEM FIM...

Acordei de um cochilo no meu canto do ônibus, na viagem entre Porto Alegre e Uruguaiana,
próximo ao Alegrete, terra da minha avó, Ena.

Pela janela comecei a tentar fazer algumas fotos que mostrasse, mesmo de maneira restrita, a região em que ela nasceu e sei, onde não volta há muitos e muitos anos.

Quem é riograndense ou já ouviu música nativista gaúcha, certamente conhece o clássico chamado Canto Alegretense.

Eis a letra da composição de  Antonio Fagundes e Bagre Fagundes que foi meu fundo musical mental enquanto tirava as fotos e via a o tempo passar, a caminho de Uruguaiana:

Não me perguntes onde fica o Alegrete,
segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete e
ouvirás toque de gaita e de violão.

Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde
ou quem vem de Uruguaiana de manhã
tem o sol como uma brasa que ainda arde,
mergulhado no rio Ibirapuitã.

Ouve o canto gauchesco e brasileiro
desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoati de mel campeiro;
pedra moura das quebradas do Inhamduí.

E na hora derradeira que eu mereça
ver o sol alegretense entardecer
como os potros vou virar minha cabeça
para os pagos no momento de morrer.

E nos olhos vou levar o encantamento
desta terra que eu amei com devoção
cada verso que eu componho é um pagamento
de uma dívida de amor e gratidão.

Pois é. Quando recorri ao youtube em busca um vídeo de Canto Alegretense, encontrei a versão o que apresento a seguir. Me senti como minha vó se sentiria se pudesse voltar e ver sua terra. Tive um certo estranhamento, mas sempre soube que esse ritmo gaúcho ia dar rock...

2 comentários:

Carlo Anton disse...

Valeria gracias muy bonito

Vartkes Ehra disse...

Valeria c'est moi Vartkes
from Montreal Canada
in case you forgot
Holy Good Friday my dear friend