Do meu canto, o Alegrete
Acordei de um cochilo no meu canto do ônibus, na viagem entre Porto Alegre e Uruguaiana, próximo ao Alegrete, terra da minha avó, Ena.
Pela janela comecei a tentar fazer algumas fotos que mostrasse, mesmo de maneira restrita, a região em que ela nasceu e sei, onde não volta há muitos e muitos anos.
Quem é riograndense ou já ouviu música nativista gaúcha, certamente conhece o clássico chamado Canto Alegretense.
Eis a letra da composição de Antonio Fagundes e Bagre Fagundes que foi meu fundo musical mental enquanto tirava as fotos e via a o tempo passar, a caminho de Uruguaiana:
Não me perguntes onde fica o Alegrete,
segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete e
ouvirás toque de gaita e de violão.
Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde
ou quem vem de Uruguaiana de manhã
tem o sol como uma brasa que ainda arde,
mergulhado no rio Ibirapuitã.
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoati de mel campeiro;
pedra moura das quebradas do Inhamduí.
E na hora derradeira que eu mereça
ver o sol alegretense entardecer
como os potros vou virar minha cabeça
para os pagos no momento de morrer.
E nos olhos vou levar o encantamento
desta terra que eu amei com devoção
cada verso que eu componho é um pagamento
de uma dívida de amor e gratidão.
Pois é. Quando recorri ao youtube em busca um vídeo de Canto Alegretense, encontrei a versão o que apresento a seguir. Me senti como minha vó se sentiria se pudesse voltar e ver sua terra. Tive um certo estranhamento, mas sempre soube que esse ritmo gaúcho ia dar rock...
2 comentários:
Valeria gracias muy bonito
Valeria c'est moi Vartkes
from Montreal Canada
in case you forgot
Holy Good Friday my dear friend
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