É só
Oba! Estou aqui. Meio travada como o dia, que começou nublado e ventoso nas esquinas do Leme. Uma dificuldade sair da inércia e cair na vida cheia de compromissos que me espera nessa sexta-feira.
Foi essa condição ventosa que me trouxe pro meu lugar preferido: ao sol, na Ponta do Leme. Os nós de velocidade que, creio, prometem um final de semana especial para os velejadores sopraram o paredão de nuvens que nublava o dia e eu, observadora atenta dos sinais meteorológicos da praia do Leme, tratei de mudar meus planos.
Empurrei, desmarquei, apertei minha agenda e... cá estou. Aviso: nem um pouco arrependida.
Com todos os sentidos prontos para receber as energias positivas que emanam do céu, da terra e do ar ventoso aqui da Ponta.Sabendo valorizar a bruma nebulosa que dilui o contorno do horizonte marítimo aqui na minha frente e a silhueta da paisagem que me cerca nos outros costados: a curva do contorno de Copacabana, os prédios do bairro, a mata atlântica do terreno do forte e a pedra do Leme.
Outro dia, um amigo comentou que não entendia de onde sai tanto assunto para falar sempre do mesmo lugar na série “ Ponta do Leme”. Fiquei pensando sobre isso. A ponta pode ser considerada a moldura das minhas reflexões, presumi.
Levanto os olhos, presto atenção no mar que até ontem esbravejava numa ressaca magistral. Praia plana, ondas perfeitas deslizando lá longe em direção a areia. Perfeitas para um jacaré.
Refaço a imagem do significado da Ponta do Leme nas minhas escrevinhações. De moldura à parte mais pura e essencial da minha narrativa. O resto é só detalhe, penduricalho passageiro. Vale aqui, o que é permanente.
O telefone toca. Coincidência, o amigo a que me referi quer marcar uma reunião de trabalho. Seu escritório é no centro da cidade. Pergunto conformada qual o horário.
“Não, Valéria, tenho uma idéia melhor, que tal uma prainha básica aí no Leme?”, sugere. Sei que a reunião, muito séria por sinal, será duplamente proveitosa devido a sua condição geográfica e me pego rindo desta crônica, escrita para justificar meu samba de um Leme só.
Ele não tem explicação. É o Leme. E só...
Ps: Quer comentar? Mande um email para delcueto.cia@gmail.com
9 comentários:
Oi Amiga,
Querendo estar la. Que saudades,,,
Enrique
E quando volves?
Sábio amigo esse teu: reunião numa "prainha básica" no Leme é ótimo. Ah se todos fossem como ele...
Isso depois dele dizer que EU não tenho imaginação rsrsrsr
Mas é uma inverdade: tanto que tenho vários escritórios espalhados pela área. Na areia, em frente ao prédio azul ou o das duas caixas dáguas ou o de tijolinho, no quiosque do Caminho dos Pescadores, nos novinhos do Leme. É uma variedade. Cada um de acordo com o perfil do visitante...
Gostei da foto e do texto..muito mesmo, Valéria!
Essa pedra, me trás a recordação da morte de uma amigo, escalando...morreu num lugar lindo, maravilhoso e não é pra qualquer um. Morreu escalando, subitamente. Morte, linda! Se achar desapropriado, pode deletar o reply.. Um abraço Valéria.
Imagina, Paulo. Seus posts são sempre bem vindos...
Um dia escrevo uma crônica sobre os perigos da Pedra do Leme...
Não sei se vc lembra, mas creio que foi aí, num dia de ressaca, que sumiu o marido da Ana Botafogo. Ele estava no Caminho dos Pescadores.
Ótimo!
Real, caro amigo...
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