sexta-feira, 10 de julho de 2009

É tudo contigo!




É tudo contigo!




Texto e foto de Valéria del Cueto


Tão longe, de ti distante. Porém sempre guardando referências , Uruguaiana. Mas é fácil ser lembrada de lembrar. Aqui, em terras mato-grossenses,  tem Cargnelutis e Furlans. Por estas plagas cuiabanas já passaram Fitipaldis, por exemplo. E olhe, caro leitor, que falo apenas da capital. Se a gente der uma olhada no restante do estado de Mato Grosso quantas outras semelhanças e parentescos encontraremos?

Não sou mulher de abandonar minhas gauchices. Assim como também não dispenso a minha carioquice do Leme ou minhas referências belavistenses. Sempre gostei de gostar dos lugares onde moro. Cada um com suas características, muitas delas totalmente contraditórias (norte/sul, calor/frio, mar/cerrado/pampa/ pantanal). Reconheço os méritos e qualidades  de pessoais e intransferíveis dos rincões que percorro e onde ancoro por temporadas e,  seguindo essa linha de raciocínio, posso usufruir do melhor de cada mundo.

Sou múltipla, facetada e complicada. Misturo tango com rock, rasqueado com blues, danço conforme a música. De preferência de outro lugar: agora, por exemplo, ouço tango eletrônico numa janela cuiabana, mas nem tanto assim, por que é no segundo andar de um prédio de quase vinte pavimentos. Moderno a bessa! Se eles podem, por que não eu?

 Essa mescla atinge vários pontos da minha vida. Usos sempre peças de roupa características destas diferentes latitudes e longitudes. É uma faixa paraguaia aqui, uma bombacha ou alpargata ali, no meio dos jeans e camisetas que me aquecem ou esfriam, dependendo do ar condicionado e/ou d a (in)clemência do sol a pino que castiga o fundo da panela onde está localizada a futura sub-sede da Copa do Pantanal .

 O biquini e a canga carioca fazem uma dobradinha constante. Uma exceção, já que o segredo dessa mistureba pouco fashion e muito confortável é não abusar dos elementos típicos.  Um de cada vez…

Onde eu estava mesmo? Dizendo que é impossível esquecer o que faz parte da gente. Por dentro ou por fora. O truque é sempre estar onde suas referências te levam e levá-las para onde for.

Sei que parece muita profundidade para pouco espaço. Esta é a vantagem de ser a dona, não apenas do seu nariz e do seu texto, além de amiga dos editores dos espaços que publicam as séries do Sem Fim: Ponta do Leme, Parador Cuiabano e  Fronteira Oeste do Sul.

Falo o que penso e penso o que posso a cada semana, procurando pontos de contato entre as diversas realidades que me habitam. Não sei direito como elas conseguem co-habitar em meu interior. Só sei que faço delas o que é possível para, sem dividir meu coração, deixar que cada uma tenha um longo reinado no imaginário que alimenta meus escritos.

Isso, enquanto você leitor, se dispuser a me acompanhar nessa e tantas outras viagens. Até a próxima, até talvez, só Ele sabe!

Valéria del Cueto é jornalista, gestora de carnavalEste artigo faz parte de uma série do SEM FIM http://delcueto.multiply.com e cabe a você, leitor , escolher qual delas.

5 comentários:

Filipe Antunes disse...

Acompanhar-te-emos Valéria, pelas simples razão de que é agradável ler-te. Continua amiga.

Vartkes Ehra disse...

good afternoon Valeria
hope you are well and happy

aurevoir
Vartkes

Valeria del Cueto disse...

Hi, my friend.
Every thing is ok. I'm going to Chapada dos Guimarães, to see, tomorrow night, a guitar player and singer, Almir Sater. Tjis song is about CUIABÁ, the place where i',m living now.

Vartkes Ehra disse...

have fun

how is the place where you live?
near the sea?

Valeria del Cueto disse...

No, is just in the point where have the South America and Brazil's center. Near PANTANAL