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domingo, 21 de setembro de 2014

Raios cinematográficos à lua pela fresta



Caio Cana 140913 041 Canal Brasil raio

Raios cinematográficos à lua pela fresta

Texto e foto de Valéria del Cueto
Pela fresta do canto da janela do espaço que tocava para sua mirrada figura olhava para a lua. Ela que, gigante, ocupava o céu noturno e ainda sobrava pendurada entre o recorte dos prédios vizinhos.
Se tudo é super e hiper na vida, vamos reverenciar a lua, tão tua, tão nua. Olha que no meio de tanta coisa malocada ser nua é um arrojo! Onde esconder seus segredos? Só se for na noite e ela estiver bem escura.
Sem os raios coloridos que cruzavam a pista de dança do Vitória, espaço do Joquey Club, no Rio de Janeiro, que acolheu a festa de 16 anos do Canal Brasil na entrega do Grande Prêmio Canal Brasil de Curtas Metragens. O vencedor - escolhido entre os premiados pelo Canal nos Festivais de Cinema Brasileiros - foi Ed, animação 3D de Gabriel Garcia. Noites assim podem ser boa companhia. Pena que não durem mais que uma noite! Pelo menos acalentam sonhos e arte...
Aí, vem o dia e a fresta clareia a realidade nua(!) e crua.
A vida segue enquanto termina a primeira fase da delação premiada, depois do silêncio diante da corte dos parlamentares. Alguns envolvidos, acusados de serem parte relevante da suruba. O arquivo informa que levou um milhãozinho e meiota de reais da Petrobrás no passa anel de Pasadena. (homenagem à mãe, usando o manto da desordem mental que a mantém por aqui)
Agora, todo mundo se comporta, pelo menos nas próximas semanas, como arauto da moralidade. Em compensação no mano a mano o pau come solto. Valendo, inclusive, golpes abaixo da cintura. As eleições batem a porta das urnas (in)violáveis ao som do jingle da Caixa Econômica, propaganda eleitoral do governo federal onde Paula Fernandes e Almir Sater propagandeiam a fartura na porta do trabalhador. Aviões passeiam pelos céus com dinheiro vivo para as campanhas. Juntos, santinhos de candidatos abrigados na cabine do jatinho. Pegam um! Mas, é lógico, não pegam geral.
Tudo vislumbrado pelo vão da fresta do quartinho enquanto aguarda a visita salvadora de Pluct, Plact, o alienígena, para saber das últimas novidades antes da prometida e não cumprida recuperação do raio (olha ele aqui de novo) propulsor que não carrega nem por um decreto. Segundo consta, talvez haja uma chance de deixar esse mundo quando o tempo ficar menos seco, a umidade relativa do ar voltar para um nível razoável, chover nas cabeceiras para encher a Cantareira...
Resumindo: vai demorar. E, nesse intervalo, o extraterrestre se propôs a dar uma ajudinha e, além de manter as informações relevantes chegando pela fresta, quem sabe, armar um plano de fuga salvando a pobre cronista das ondas que insistem em castigar sua praia.
Na floresta a vida continua cabeluda, mas isso não é novidade. Poucos lêem e quando o fazem, preferem não acreditarem no que ouvem. E só se fala em educação. Exatamente os mesmos que “revolucionaram” o setor mais importante do país nos últimos anos.
Piada, não é? Seria se, de um tempo para cá, tudo não tivesse virado loucura. Assim não há anedota que sustente uma conversa. Nem de botequim. O que adianta ir passear se não dá para trocar uma ideia? É mais ou menos como ficar aqui, olhando o nada quase nu pela janela.  Porque a lua se escondeu depois de escorregar até seus reflexos derradeiros nos vidros vizinhos dos prédios laterais.
Depois da Cheia, veio a Minguante...
Lua (zinha)que já trouxe a primeira novidade: os escoceses plebicitaram que preferem ficar guardadinhos sob as abas do chapéu da rainha inglesa. Coitado do Wallace...
*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Ponta do Leme”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com
GRAVATA 
Assim não há anedota que sustente uma conversa. Nem de botequim. É mais ou menos como ficar aqui olhando o nada quase nu pela fresta da janela sem lua
Caio Cana 140913 042 Canal Brasil garçon silueta copo reflexo

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Re: É HOJE SÓ, AMANHÃ......

15/09/04
Blumenau foi pro pau.
Já estou no Rio.
Não é minha praia ficar de 8 da manhã até quando a chefa quiser a disposição. Nem comer arroz com ovo frito mais de duas vezes na semana. Nem ter como superiora uma criatura que não é jornalista e que pensa que vou sair gravando minha linda vozinha nos offs do programa eleitoral sem checar as informações. Claro que a maioria era fria e ela, paranóica, achava que eu estava só querendo encher o saco dela...
Fora isso, editei muito bem e muito rápido. Assim, em duas semanas eles puderam me dispensar, com material pra alimentar o programa até o final. Agora contratam alguém mais baratinho, que aceite comer aquela gororoba.
O melhor foi a equipe. No último dia fiz uma apresentação do História Sem fim pra galera. Fui aplaudida, homenageada com brindes e testemunhos de como é bom trabalhar comigo. Tudo isso num piquenique num dos salões de eventos do hotel... É claro que o hotel me ofereceu o espaço(fiquei amiga de todo mundo), para ira das "meninas" mal amadas.
Foi lindo.
Meu novo lema é:
"NADA DURA, MAS A INTENÇÃO PERMANECE"
Beijosssssssssss

domingo, 29 de agosto de 2004

LANÇAMENTO DO CINEPORT E DA CONFRARIA DE CINEMA



Estou chegando de Cataguases, onde foi lançado o 1o. Festival de Cinema de Língua Portuguesa. Isto que dizer que engloba os seguintes paí­ses: Brasil Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e, futuramente, o Timor Leste.

Para indicar os filmes que participarão da primeira edição do Festival, que vai acontecer em abril do ano que vem, estão sendo criadas "confrarias de cinema" nos paí­ses de língua portuguesa. A brasileira foi instituída neste final de semana, sob a presidência do cineasta Paulo Cézar Sarraceni.

No sábado os confrades presentes fizeram uma reunião no Centro Cultural Humberto Mauro. Nela foi aprovado o estatuto, sugerida algumas modificações e discutidas formas de atuação da Confraria.

Tudo isso baseando-se na 'máxima' de Humberto Mauro de que cinema é cachoeira, por isso fomos muito recebidos e eu diria que até paparicados por Mônica Botelho, Henrique Frade e a todos os que ajudaram a organizar o final de semana.

Vamos agora ao Prêmio Andorinha (para filmes) e Humberto Mauro ( para personalidades), que serão concedidos aos filmes indicados por nós, confrades, para participar do Cineport.