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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Os créditos finais

Foto: Valéria del Cueto. Imagem protegida pela lei 9610/1998

Os créditos finais

Texto e foto  Valéria del Cueto

Um dia, e sinto que será breve, essa história vai virar filme. Daqueles de suspense, com toques psicológicos e referências hitchcockianas dirigido por alguém com o estilo, por exemplo, de Bruno Bini, cineasta mato-grossense que arrebentou o Festival de Gramado ganhando quatro Kikitos!

O roteiro da futura película cheio de meandros e detalhes nos obrigará a manter os olhos grudados na tela. A atenção ficará voltada aos diálogos e às sequências de onde, certamente, surgirão pistas que levarão ao clímax da obra com a elucidação do caso antes, se possível (o que nem sempre acontece), do take derradeiro e o começo dos créditos.

Estes, os créditos finais, não serão breves enquanto durarem. Virão longos, repletos de nomes conhecidos não apenas pelos técnicos e a chamada turma do cinema, a que costuma ficar na sala escura para saudar e aplaudir com o reconhecimento no olhar os ocupantes de cada função na execução do projeto cinematográfico.

Para quem não sabe (porque só vê aquele monte de letrinhas subindo velozes num cantinho das telas das TVs dos streamings) por ali passa por seus olhos a ficha técnica do filme. Nela, aquela correria desenfreada, aparecem informações que revelam ao público por quem, como, quando e onde foi realizada a obra que assistimos.

Se a informação é democrática no conteúdo, o mesmo não se aplica a forma. Existem nomes que aparecem em cartelas únicas. Isso é definido, inclusive, em contratos entre profissionais, empresas e os responsáveis por levar o produto audiovisual às telas. Patrocinadores produtores, diretores e os cargos mais importantes da equipe técnica merecem mais destaque. Assim como os atores principais. Para o restante do elenco pode ser usada uma lista em ordem alfabética ou de aparição.

Na sequência vem a equipe técnica engatada, talvez, num carrossel em que os nomes vão desfilando pela tela divididos por setores e funções. Da criação à finalização, passando pelo desenvolvimento do projeto, a produção, execução, pós produção, distribuição...

Quem participou do filme tem seu nome ali registrado. Do mais importante figurão ao mais humilde trabalhador e as empresas que prestaram serviços. É pouco? Não. Ainda faltam os agradecimentos a todos os que, de uma maneira ou de outra, colaboraram, apoiaram e de alguma forma, incentivaram sua realização.

No cinema, sou daquelas que fica até o fim dos créditos. Espero as luzes acenderem e a tela apagar. Sei que ali estão informações importantes e surpresas que aumentam ainda mais o prazer que a obra cinematográfica me proporciona.

Sempre foi assim. Pensa, por exemplo, no prazer de procurar o nome do meu pai em filmes como “Janete” de Chico Botelho; “Avaeté semente da vingança”, de Zelito Viana; “Memórias do Cárcere” e “Estrada da Vida”, de Nelson Pereira dos Santos... Cito apenas obras do início de sua carreira quando o coronel foi para a reserva do Exército e pode, finalmente, cair dentro do mundo das artes oficialmente. Sei que ele vai dizer que não foi bem desse jeito, mas é como me lembro de criança.

Na memória cinematográfica familiar adolescente também surge o filme de Geraldo Miranda “Um brasileiro chamado Rosaflor”, com Joana Fomm e Stepan Nercessian, em que Lucia, minha mãe, fez a cenografia, e passa por uma incrível viagem de prospecção sobre a Retirada da Laguna, com Nelson Pereira dos Santos e uma equipe cinematográfica, por Mato Grosso (ainda uno) e pelo Paraguai.

Esses créditos não vi nos filmes, porque o projeto da Guerra do Paraguai nunca foi em frente e não se tem notícias do filme de Geraldo. Se existe uma cópia nem desconfio qual é o seu paradeiro. Achei a informação da equipe técnica na Cinemateca Brasileira.

Se hoje fazer cinema é um sonho realizável de muitos, na época, década de 1970, era maluquice quixotesca de poucos. Cresci no meio dessas viagens cinematográficas. Por isso, os créditos, para mim, são um filme dentro do filme. Nele me reconheço por afinidade.

E é por ela, a afinidade, que nos vejo na imensa lista de nomes que finalizará o filme do julgamento que paralisa o Brasil agora em setembro. Não é preciso ser vidente, nem estatístico de instituto de pesquisa, para afirmar que sua audiência será maior do que a dos capítulos da morte de Odete Roitman da novela Vale Tudo, a original.

Nesse futuro sucesso do cinema nacional, seja como personagem, técnico cinematográfico, ou nos agradecimentos deveriam constar, nas cartelas de encerramento, o nome de cada brasileiro que participa ativamente da vida em sociedade de nossa nação.

Uma sugestão pra você, leitor que me segue no rumo do Sem Fim: espere os créditos finais e os acompanhe atentamente para, então, aplaudir de pé o filme “Brasil 2025, o julgamento”.

Ele começou a ser produzido há alguns anos e todos fazemos parte dessa equipe. Afinal, certamente, somos peças atuantes no tabuleiro do jogo registrado nessa aventura desde que depositamos os votos, deixando nossas escolhas registradas, nas urnas espalhadas por todo o país nas eleições presidenciais de 2022...

*Valéria del Cueto é jornalista e fotógrafa. Da série “Não sei onde enquadrar” do SEM FIM...  delcueto.wordpress.com

 

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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Portela carnaval 2025 desfile 250304

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Portela carnaval 2025 desfile 

A Portela encerrou na terça-feira, 04 de março de 2025, os 3 dias de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do carnaval carioca, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

Com o enredo "Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol - Uma homenagem a Milton Nascimento", dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, a  escola de samba ficou em quinto ligar no carnaval 2025. 
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Agradecimentos a Mestre Nilo, ritmistas da Tabajara do Samba, componentes da Portela, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Vila Isabel carnaval 2025 desfile 250303

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Vila Isabel carnaval 2025 desfile 250303

A Vila Isabel encerrou os desfiles da segunda-feira, dia 3 de março de 2025, segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca, no Sambóromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

Com o enredo "Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece", do carnavalesco Paulo Barros, a  escola alcançou a oitava colocação no carnaval 2025. 

Agradecimentos aos componentes da Unidos de Vila Isabel, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Salgueiro carnaval 2025 desfile 250303

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Salgueiro carnaval 2025 desfile

O Salgueiro foi a terceira escola a se apresentar na segunda-feira, dia 3 de março de 2025, segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca, no Sambóromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

O enredo "Salgueiro de Corpo Fechado", do carnavalesco Jorge Silveira, Levou a escola à sétima posição carnaval 2025. 

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Agradecimentos aos componentes do Acadêmicos do Salgueiro, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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terça-feira, 27 de maio de 2025

Em penca



Em penca  

Texto e foto  Valéria del Cueto

Essa mania de escrever parece ginástica. Depois que a gente embala vai ladeira abaixo. Mas quando dá uma parada técnica, para sair da inércia é um sufoco.

Várias razões me forçam a interromper a meta quinzenal. Incluindo, o que não foi o caso nessa parada forçada, a preguiça pura e simples.

Só pego no tranco pra descer o barranco. Falta de assunto? Ao contrário. Fico perdida nas inúmeras possibilidades que garimpei no período silencioso.

Vou acumulando numa gavetinha mental coisas que vejo, observo e sinto. Acontecimentos do cotidiano, fatos da vida e do mundo.

Quando arrumo tempo e disposição para botar as ideias no papel fico mais atrapalhada que a boneca Emília, personagem de Monteiro Lobato.

No primeiro livro do que será o Sítio do Picapau Amarelo, "A Menina do Narizinho Arrebitado", quando a boneca de pano feita por Tia Anastácia desanda a falar, após tomar uma pílula falante do Dr. Caramujo no Reino das Águas Claras, é um atropelo.

Uma mistureba de palavras e tolices daquela que vai ser uma das maiores “ideieiras” das aventuras infantis que embalaram gerações. Primeiro, nos livros. Depois, nos programas infantis das tardes ou manhãs na televisão.

Quem não conhece o Sítio do Pica Pau Amarelo e seus personagens não sabe o que está perdendo!  

Não estou dizendo, quer dizer, escrevendo que não é fácil sair da inércia criativa?

É uma ginástica de paciência puxar o freio de mão e não sair atropelando as linhas de forma desordenada, sem medidas ou critérios além da manha de deixar a caneta tentar escorregar pelo papel. Indo atrás de diálogos que mantenho com o Eu pensante que me habita, puxando os fios que bailam de dentro do compartimento aberto na minha (fértil) imaginação de geminiana.

E aí, vem mais um ponto em comum com a ginástica, não a mental, mas a física. Sabe quando, depois de um tempo parada, você volta a fazer exercício no tranco, sem medir os movimentos e se esquece que seus músculos não correspondem ao seu entusiasmo?

A sensação no dia seguinte é de que passou trator desgovernado sobre seu corpo. Todas as fibras e músculos reclamam. Especialmente quando você quer iniciar um movimento e... sair da inércia.

Já experimentou revisar um texto escrito após jogar um WD na fechadura, desempenar a tampa e abrir a caixinha de assuntos acumulados? Lé não bate com Cré que deixou penduradas muitas ideias lelés.

E dói a cada trecho da palavra escrita saber que ali, naquela barafunda com aparente falta de nexo, estão contidas tantas sensações, inspirações e reflexões mal distribuídas e quase perdidas no limbo da memória.

As que, em algum momento da pausa entre as crônicas devidas e não pagas, poderiam render relatos e textos que você, caro leitor, teria a oportunidade desfrutar. E, neles, reconhecer a capacidade da autora que lhe escreve tem de dar voltas em suas quase sempre inconstantes linhas...

Para fechar, mais uma comparação nesse exercício literário após a abertura da caixa quase de Pandora atulhada de ideias imaginantes: minha gavetinha mental é tipo bananeira, que está sempre dando cacho.

No começo só vemos aquele enorme coração. Mas, na medida em que se desenvolve, a gente descobre que o melhor está na penca repleta de frutas aguardando o tempo certo de amadurecer.

Enquanto espero o tempo certo de colher os frutos vou continuar editando as imagens do carnaval 2025.

Como todos que gostam da folia, acompanho, cheia de curiosidade, os anúncios dos enredos das escolas de samba do ano que vem, repletos de homenagens a diversas personalidades.

Criteriosamente vou mexendo o doce das fotos que registrei em março e estou agregando ao acervo carnavalerio.com. observando os frutos, agora bebês, da nova penca de bananas amadurecerem no pé.

PS: Ganhei de presente um texto lindo de Jejé do Quilombo da Lixeira, do Pasquim Cuiabano João Guato, intitulado “Valeria del Cueto, a Rainha das memórias do Samba”. Está no link para quem quiser saber o estímulo que recebi para, mais uma vez, sair da inércia.

*Valéria del Cueto é jornalista e fotógrafa. Das séries “Parador Cuiabano” e “É carnaval” do SEM FIM...  delcueto.wordpress.com

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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Unidos da Tijuca carnaval 2025 desfile 250303

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(C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved. Imagens protegidas pelo lei 9610/1998

Unidos da Tijuca carnaval 2025 desfile

A Unidos da Tijuca abriu a segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca na segunda, 03 de março de 2025, no Sambóromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

O enredo "Logun-Edé: Santo Menino Que Velho Respeita", do carnavalesco Edson Pereira
 para o carnaval 2025 deu à escola do Borel o nono lugar no desfile. 

Agradecimentos componentes da Unidos da Tijuca  à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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terça-feira, 29 de abril de 2025

Mangrulho


Mangrulho  

Texto e foto  Valéria del Cueto

Você sabe, caro leitor, o que é um mangrulho? De acordo com o dicionário a palavra tem dois significados:

1- Posto de observação, em lugar elevado, feito de madeiras toscas.

2 -Armação metálica ou de madeira sobre a qual se fixa uma luz, farolete ou bandeira, que serve para orientar a navegação.

Fui apresentada a palavra na primeira Califórnia da Canção que assisti ao vivo em Uruguaiana, a décima edição do mais importante festival de música nativista do Rio Grande do Sul. “O Mangrulho” é título e mote da composição defendida por Jorge André e os Uruchês, em 1980. Seus autores, Knelmo Alves e Marco Aurélio Vasconcellos.

Já conhecia a produção musical do evento pelos registros em LP das edições anteriores, onde mergulhava em termos gauchescos e estar ali, na terra de parte de minha família, foi uma experiência tão marcante que acabei ancorando por lá durante alguns anos.

Como jornalista, repórter e diretora da TV Uruguaiana, do Grupo RBS, faria a cobertura de algumas edições da Califórnia, festival idealizado por Colmar Duarte. Aprendi muito nesse período profissional que se encerrou quando fui avisada que era persona non grata na Argentina por causa das matérias que produzi durante a Guerra das Malvinas...

A aventura na fronteira oeste do Rio Grande do Sul perdeu parte do seu encanto com o impedimento de circular no país vizinho e acabei puxando o carro. Primeiro para o Rio de Janeiro e, depois, em direção a Mato Grosso, onde os sulistas já estavam chegando. Décadas depois, voltaria em outras edições para mergulhar na cultura gauchesca e festejar minhas origens familiares.

Hoje observo o mundo de um mangrulho moderno, que não é de madeira, mas de concreto. Meu posto de observação primário está localizado no pé da serra fluminense, sobre um riozinho. Usando a tecnologia moderna tomo conhecimento não apenas do que a vista alcança, mas de qualquer lugar do mundo, graças a internet. É daqui que, na maior parte do ano, acompanho a evolução dos acontecimentos que sacodem a humanidade.

Gosto do som da palavra mangrulho. Ela me lembra mergulho. A troca da vogal e o empurrão do R para depois do G para que o N tome seu lugar me dá uma sensação contraditória de distância e envolvimento, de estar atenta, positiva e operante.

Todos os anos troco o mangrulho do pé da serra por outro, que já foi de concreto e hoje é de ferro.

Falo da estrutura da torre de transmissão da Marquês de Sapucaí onde fico empoleirada durante parte dos desfiles das escolas de samba do carnaval carioca. De lá tenho uma visão especial da pista, das arquibancadas e da Apoteose.

Já contei, inclusive, em outra crônica chamada A torre (ou quem bejô, bejô), a aventura que foi para conquista-la, missão impossível para quem tem medo de altura, o que não é meu caso.

Tão difícil como chegar lá e ter forma física para o sobe, desce, corre pra pista. Por normas estabelecidas pela organização do espetáculo o caminho ficou muito mais longo, já que agora só dá para acessá-la pela armação ou pela dispersão. As passagens intermediárias, como pelo segundo recuo da bateria, foram fechadas. Haja perna, haja fôlego! A opção seria permanecer o tempo todo por lá, o que, é claro, não consigo fazer.

Esse ano o trajeto ficou ainda mais complicado. O corredor que dava acesso à estrutura pela parte de trás de circulação do sambódromo foi “incorporado” por um camarote. Agora, além do longo percurso, é preciso mergulhar num mar de gente que disputa o melhor lugar para assistir aos desfiles.

Chegar ao mangrulho de ferro requer mais prática, paciência e muitas amizades, especialmente dos seguranças e coordenadores que ajudam a abrir o caminho entre os animados frequentadores do espaço.

As imagens captadas da torre de transmissão valem o esforço!

Parece que o carnaval é o assunto desse texto, mas não.

O tema é o mangrulho, palavra antiga, quase perdida na imensidão dos pampas que serve de alerta aos cuiabanos, preocupados com a extinção de seu peculiar linguajar tradicional.

Sem que haja resistência e disseminação cotidiana, a preservação das raízes linguísticas acabará se perdendo, imergirá num mergulho sem volta nos novos maneirismos que hoje suplantam e suprimem os antigos costumes seculares da baixada cuiabana.

O Muxirum Cuiabano é um mangrulho que alerta à necessidade de registro e manutenção das tradições. Preserva, até em seu nome, não apenas relíquias arquitetônicas, mas também da língua e dos costumes dos que habitam a antiga Cidade Verde e a baixada cuiabana.   

*Valéria del Cueto é jornalista e fotógrafa. Das séries “Fronteira Oeste do Sul”, “Parador Cuiabano” e “É carnaval” (ponto triplo) do SEM FIM...  delcueto.wordpress.com

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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Mangueira carnaval 2025 desfile 250302

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(C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved. Imagem protegida pelo lei 9610/1998

Mangueira carnaval 2025 desfile 250302

A Mangueira fechou a noite do domingo, 02 de março de 2025. Foi a quarta  agremiação a se apresentar  no primeiro dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca, na Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

"À Flor da Terra - no Rio da Negritude Entre Dores e Paixões", o enredo de estreia do carnavalesco paulista Sidnei França no carnaval carioca 2025 deu à Estação Primeira a sexta colocação no desfile. 

Agradecimentos ao Mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto, ao ritmistas da Bateria "Tem que respeitar meu Tamborim, aos componentes da verde e rosa,  às Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com

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terça-feira, 15 de abril de 2025

Bizoiando


Bizoiando  

Texto e fotos  Valéria del Cueto

Rápido, rasteiro e avassalador. Querida cronista voluntariamente clausurada do outro lado do túnel, estes são os adjetivos que descrevem os rumos do planeta ao qual você, sabiamente, resolveu virar as costas novamente depois de sua escapulida no carnaval. 

Sim, cronista, assim como o Grande Irmão que vigia o cotidiano dos habitantes do planeta Terra em todos os seus movimentos, também conseguimos nós, os extraterrestres visitantes, jogar nossa mira telescópica sobre os indivíduos cujas rotinas nos interessam observar. No seu caso, o fiz pelo mais genuíno interesse: a amizade que tenho por quem me introduziu nos meandros humanos. Você!

Nesse período em particular, por nada nesse universo de dados circulantes, deixaria de “bizoiar” suas atividades quase secretas carnavalescas. 

Acompanhei a tensão nas inúmeras etapas para obter os credenciamentos dos ensaios técnicos, mais acessível, e o dos desfiles oficiais, na maratona de todos os anos e suas variantes.

Vi seu esforço para tentar o quase impossível: cobrir todas as escolas da Série Ouro e do Grupo Especial.

Senti na minha epiderme protetora (quem aguenta o calor daqui?), sua frustração por não conseguir fotografar parte das escolas que almejavam chegar na elite do carnaval carioca, incluindo aí a Acadêmicos de Niterói que alcançou esse direito. Imagino a sua decepção por não ter o material para incorporar no acervo carnevalerio.com

Vi a emoção brotar explicitada nas fotos e vídeos do ensaio técnico do Império Serrano, por exemplo, após o fogo que lambeu atelier e ceifou a vida de artesãos no espaço incendiado em Madureira.

Falo daquele episódio que parece fazer parte, apenas, de um carnaval que passou. Sem trazer maiores providências para evitar novas tragédias no processo de produção e desenvolvimento das escolas de samba, especialmente as dos grupos inferiores, que desenvolvem seus desfiles em condições tão precárias. Vi tudo e muito bem!

A parte boa é que não faltam imagens para serem editadas e indexadas nos próximos meses em sua reclusão voluntária.

Elas são representativas da paixão inebriante que move a maior festa popular do planeta. Aquela que não se restringe ao berço das escolas de samba, o Rio de Janeiro, mas se expande e prolifera por muitas cidades do Brasil, e até do mundo, em ritmo de samba.

Tudo isso, cronista, é muito bom para garantir sua sanidade. Afasta-a da realidade cruel que movimenta esse planeta Terra que não é mais aquele. 

Foi-se o tempo da delicadeza, da gentileza. Uma nova velha geração, no momento, testa as barreiras da intolerância e da brutalidade. Guerras e disputas se retro alimentam apesar dos alertas de quem sabe aonde isso vai dar. São muitos esses avisos. Porém, inócuos.

Não há mais conversas, diálogos, trocas de ideias. Tudo é confronto e, sim, sem regras ou protocolos. No popular: é porrada e bomba. Nada de argumentação.

Não vou particularizar os atos que incluem do desequilíbrio comercial mundial à rapinagem pura e simples. Nesse quesito o status quo foi destroçado.

O pau continua quebrando para enriquecer os senhores das guerras em vários cantos desse mundão. Não há limites para destruição, nem para a exterminação de populações inteiras.

O mais incrível é que eles não aprenderam nada! 

Quase ninguém parece se importar com o que estão ensinando à nepobaby Inteligência Regenerativa, aquela que deixou de ser artificial para se (con)fundir com os hábitos, rotinas e o cotidiano da humanidade.

A impressão que dá é que, sabedor de que o próximo passo é ser dominado por ela, o ser humano capricha em incutir no “modelo” seus piores e mais tenebrosos instintos. Aguardem o tratamento que receberão depois. Cansamos de avisar! 

Está entendendo, cronista? Por isso tornei espaçada nossa correspondência pela luz da lua que invade sua cela. Prefiro deixá-la às voltas com as imagens capturadas em sua incrível fuga carnavalesca. Estive lá. Disfarçado. Adivinha onde?

Tal qual a freirinha carmelita, que pula o muro do convento de Santa Teresa para se acabar no bloco que leva seu nome, seu objetivo é louvável: cair dentro da folia para fugir da realidade inexorável. É a fresta da festa. A fresta, não a janela panorâmica que a vida deveria ser...

PS: Não mencionei o tombo porque você ensinou a mim, PLuct Plact, o extraterrestre, a ser discreto.

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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Imperatriz Leopoldinense carnaval 2025 desfile 250302

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Imperatriz Leopoldinense carnaval 2025 desfile 250302

A Imperatriz Leopoldinense foi a terceira agremiação a se apresentar  no primeiro dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca no domingo, 02 de março de 2025, na Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

"Ómi Tútu ao Olúfon - Água fresca para o senhor de Ifón", o enredo do carnavalesco Leandro Vieira,  para o carnaval 2025 levou a escola de Ramos à terceira colocação no desfile. 

Agradecimentos componentes da Imperatriz Leopoldinense  à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Viradouro carnaval 2025 desfile 250302

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Viradouro carnaval 2025 desfile 250302

 A Viradouro foi a terceira escola a desfilar no domingo, 03 de março de 2025, na Marquês de Sapucaí.

"Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos", enredo do carnavalesco Tarcísio Zanon, classificou a escola de Niterói em 4o. posição no carnaval 2025.

Agradecimentos componentes da Viradouro, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.
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sábado, 5 de abril de 2025

Paraíso do Tuiuti carnaval 2025 250304

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Paraíso do Tuiuti carnaval 2025 250304

 O Paraíso do Tuiuti foi a segunda escola a desfilar na terça-feira, 04 de março de 2025, na Marquês de Sapucaí.

O enredo do carnavalesco Jack Vasconcelos "Quem tem medo de Xica Manicongo", homenageou a primeira travesti não indígena do país. A agremiação ficou em 11o. lugar no carnaval 2025.

Agradecimentos à Mestre Marcão, diretores e ritmistas da Bateria Super Som, componentes do Paraíso do Tuiuti, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.
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Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com

Ensaio fotográfico e vídeos dos ensaios técnicos do Paraíso do Tuiti publicados no canal @del Cueto, no Youtube de (C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved, protegido pela lei 9610/1998

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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Unidos de Padre Miguel carnaval 2025 desfile 250302

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(C)2025 Valeria del Cueto, all rights reserved. Protegido pela lei 9610/1998.

Unidos de Padre Miguel carnaval 2025 desfile 250302

A Unidos de Padre Miguel, campeã da série Ouro em 2024, abriu os desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial do Carnaval 2025 do Rio de Janeiro, no domingo, 02 de março de 2025.

Com o enredo "Egbé Iya Nassô", dos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, a UPM se classificou em 12o. lugar e, foi rebaixada novamente para o grupo de acesso.
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Agradecimentos  à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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sexta-feira, 7 de março de 2025

De Laíla para Nilópolis: o 15º título da Beija-flor

A volta de Laíla à sua comunidade: Beija-flor campeã.

De Laíla para Nilópolis: O 15º título da Beija-flor

Texto e fotos  Valéria del Cueto

Os apelos da comunidade nilopolitana foram atendidos e o campeonato, que não vinha desde 2018, é da Beija-flor.

Ela chega a seu 15º título no Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro no carnaval 2025 com a primeira vitória do carnavalesco João Vitor Araújo, autor do enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas”.

A temporada da folia carioca foi um sucesso. Segundo o governo mais de 6 bilhões de reais foram injetados na economia estadual. A taxa de ocupação dos hotéis do Rio de Janeiro foi de 98%.

A apuração na quarta-feira de cinzas foi marcada pelo esquecimento de uma jurada do quesito samba-enredo que não lançou todas as notas do terceiro dia na planilha. Seguindo o regulamento todas as agremiações levaram a nota máxima.

A liderança nas notas da Beija-flor se consolidou quando a Grande Rio, segunda colocada, perdeu um único décimo num dos quesitos mais fortes da escola de Duque de Caxias: a bateria.  

Com várias alterações no desfile, que esse ano teve um dia a mais, o público presente na Sapucaí se dividiu entra as apresentações na pista, o agitado movimento nos camarotes com suas atrações paralelas e o fim de noite ao som de rodas de samba na Praça da Apoteose.

Na pista a utilização, ainda em evolução, da luz cenográfica precisa de ajustes. As agremiações usaram e abusaram dos recursos tecnológicos.

Comissão da Mocidade sem tripé: Estandarte de Ouro
A exceção foi a Mocidade Independente e o carnavalesco Renato Lage. O Mago optou por uma luz uniforme e, também, deixou de lado os enormes tripés das comissões de frente. A “inovação” rendeu o Estandarte de Ouro à escola de Padre Miguel que não volta na noite das campeãs, assim como o Salgueiro, Vila Isabel, Unidos da Tijuca, Paraíso do Tuiuti e a UPM.

A apresentação de apenas 4 escolas por noite não agradou a todos. Quando a festa está engrenando, termina. A análise minuciosa das justificativas das notas permitirá avaliar a influência da nova sistemática de fechamento dos envelopes a cada dia, e não no final dos desfiles, no resultado.

A divulgação das justificativas dos julgadores ainda na quinta-feira, antes do sábado das campeãs, deu um molho a mais nas apaixonadas análises sobre o resultado que definiu o rebaixamento da Unidos de Padre Miguel novamente para a Série Ouro.

A Acadêmicos de Niterói com o enredo “Vixe Maria”, sobre festas juninas foi a campeã do grupo de acesso e desfilará na elite das escolas de samba em 2026.  

ORDEM DO DESFILE DAS CAMPEÃS – Mangueira, Portela, Viradouro, Imperatriz, Grande Rio e Beija-flor.

Favela presente! É a Mangueira

Matriarca do Samba, a Mangueira, volta às Campeãs no Dia da Mulher, 8 de março, e abre o desfile cantando o povo banto. Mostra como sua cultura está presente no cotidiano brasileiro e enraizada no jeito carioca.

 “Dia mais feliz da minha vida” diz Milton Nascimento
Milton Nascimento levantou a passarela desfilando no último carro da Portela. A escola de Oswaldo Cruz será a segunda a se apresentar contando a vida do cantor e compositor mineiro. A Sapucaí, mais uma vez, ficará coberta de girassóis numa emocionante homenagem.

Exuberância plástica na Viradouro
A Viradouro não obteve o resultado esperado, perdendo pontos inclusive em enredo. A chave mágica que abre senzalas não ajudou a escola de Niterói e seu enredo sobre “Malunguinho, o mensageiro de três mundos”. Em quarto lugar, será a terceira a se apresentar nas campeãs.

A Imperatriz africana de Leandro Vieira

A Imperatriz Leopoldinense levou o estandarte de Ouro de Melhor Escola do Grupo Especial, melhor enredo e bateria, comandada por Mestre Lolo. Mas, para o júri da Liesa, teve falhas nos quesitos samba-enredo e fantasia, uma das expertises do carnavalesco Leandro Vieira.

Lá vem a cobra na ala da Grande Rio
A vice-campeã, Grande Rio perdeu um décimo em bateria, o que a tirou da disputa do título. Mestre Fafá pediu desculpas, foi abraçado pela comunidade e estará na pista conduzindo sua rainha, Paolla Oliveira que se despede do posto. 

Neguinho prometeu e cumpriu: volta à Sapucaí para comemorar o título
A noite termina com muita emoção. Após de 50 carnavais Neguinho da Beija-flor cruza a avenida pela última vez ostentando o título do campeonato. Depois da tensão da apuração, virá o adeus de um dos maiores puxadores de samba do carnaval carioca. Ele comemora sua última vitória cantando o parceiro Laíla, de tantos carnavais. 

 

O desfile das Campeãs do RJ será transmitido no sábado, na TV Globo e Globoplay no streaming a partir das 22h, horário de Brasília.

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “É carnaval”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com



 


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