terça-feira, 27 de maio de 2025

Em penca



Em penca  

Texto e foto  Valéria del Cueto

Essa mania de escrever parece ginástica. Depois que a gente embala vai ladeira abaixo. Mas quando dá uma parada técnica, para sair da inércia é um sufoco.

Várias razões me forçam a interromper a meta quinzenal. Incluindo, o que não foi o caso nessa parada forçada, a preguiça pura e simples.

Só pego no tranco pra descer o barranco. Falta de assunto? Ao contrário. Fico perdida nas inúmeras possibilidades que garimpei no período silencioso.

Vou acumulando numa gavetinha mental coisas que vejo, observo e sinto. Acontecimentos do cotidiano, fatos da vida e do mundo.

Quando arrumo tempo e disposição para botar as ideias no papel fico mais atrapalhada que a boneca Emília, personagem de Monteiro Lobato.

No primeiro livro do que será o Sítio do Picapau Amarelo, "A Menina do Narizinho Arrebitado", quando a boneca de pano feita por Tia Anastácia desanda a falar, após tomar uma pílula falante do Dr. Caramujo no Reino das Águas Claras, é um atropelo.

Uma mistureba de palavras e tolices daquela que vai ser uma das maiores “ideieiras” das aventuras infantis que embalaram gerações. Primeiro, nos livros. Depois, nos programas infantis das tardes ou manhãs na televisão.

Quem não conhece o Sítio do Pica Pau Amarelo e seus personagens não sabe o que está perdendo!  

Não estou dizendo, quer dizer, escrevendo que não é fácil sair da inércia criativa?

É uma ginástica de paciência puxar o freio de mão e não sair atropelando as linhas de forma desordenada, sem medidas ou critérios além da manha de deixar a caneta tentar escorregar pelo papel. Indo atrás de diálogos que mantenho com o Eu pensante que me habita, puxando os fios que bailam de dentro do compartimento aberto na minha (fértil) imaginação de geminiana.

E aí, vem mais um ponto em comum com a ginástica, não a mental, mas a física. Sabe quando, depois de um tempo parada, você volta a fazer exercício no tranco, sem medir os movimentos e se esquece que seus músculos não correspondem ao seu entusiasmo?

A sensação no dia seguinte é de que passou trator desgovernado sobre seu corpo. Todas as fibras e músculos reclamam. Especialmente quando você quer iniciar um movimento e... sair da inércia.

Já experimentou revisar um texto escrito após jogar um WD na fechadura, desempenar a tampa e abrir a caixinha de assuntos acumulados? Lé não bate com Cré que deixou penduradas muitas ideias lelés.

E dói a cada trecho da palavra escrita saber que ali, naquela barafunda com aparente falta de nexo, estão contidas tantas sensações, inspirações e reflexões mal distribuídas e quase perdidas no limbo da memória.

As que, em algum momento da pausa entre as crônicas devidas e não pagas, poderiam render relatos e textos que você, caro leitor, teria a oportunidade desfrutar. E, neles, reconhecer a capacidade da autora que lhe escreve tem de dar voltas em suas quase sempre inconstantes linhas...

Para fechar, mais uma comparação nesse exercício literário após a abertura da caixa quase de Pandora atulhada de ideias imaginantes: minha gavetinha mental é tipo bananeira, que está sempre dando cacho.

No começo só vemos aquele enorme coração. Mas, na medida em que se desenvolve, a gente descobre que o melhor está na penca repleta de frutas aguardando o tempo certo de amadurecer.

Enquanto espero o tempo certo de colher os frutos vou continuar editando as imagens do carnaval 2025.

Como todos que gostam da folia, acompanho, cheia de curiosidade, os anúncios dos enredos das escolas de samba do ano que vem, repletos de homenagens a diversas personalidades.

Criteriosamente vou mexendo o doce das fotos que registrei em março e estou agregando ao acervo carnavalerio.com. observando os frutos, agora bebês, da nova penca de bananas amadurecerem no pé.

PS: Ganhei de presente um texto lindo de Jejé do Quilombo da Lixeira, do Pasquim Cuiabano João Guato, intitulado “Valeria del Cueto, a Rainha das memórias do Samba”. Está no link para quem quiser saber o estímulo que recebi para, mais uma vez, sair da inércia.

*Valéria del Cueto é jornalista e fotógrafa. Das séries “Parador Cuiabano” e “É carnaval” do SEM FIM...  delcueto.wordpress.com

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quarta-feira, 21 de maio de 2025

Raízes Nativas e povos originários: arte como resistência cultural e política

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(C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved. Imagens protegidas pela lei 9610/1998

Raízes Nativas e povos originários:

arte como resistência cultural e política

Do Templo do Carnaval, na Marquês de Sapucaí, ecoam a cada ano, nos desfiles das escolas de samba  cariocas, sons, imagens e anseios das comunidades que alimentam e nutrem o fantástico imaginário  carnavalesco. Ele  descortina, sublinha e ressignifica histórias e personagens incorporados pelo povo do samba.

O samba sabe, quem sabe samba e as raízes nativas, os povo originários, inspiram, integram e se projetam na rica arte alegórica produzida nos barracões das escolas de  samba e de vida. As que promovem o maior espetáculo popular do planeta...

Imagens de:  

"Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos", do carnavalesco Tarcísio Zanon, da Acadêmicos do Viradouro 2025   

"Quem tem medo de Xica Manicongo", carnavalesco Jack Vasconcelos, Paraíso do Tuiuti 2025

"Egbé Iya Nassô", carnavalescos Alexandre Louzada Lucas Milato, Unideos de Padre Miguel 2025 

https://www.flickr.com/photos/delcueto/albums/72177720326263466
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Ensaio apresentado no evento "Raízes Nativas e povos originários: arte como resistência cultural e política", coletiva realizada no dia 17 de maio de 2025 no Raízes do Brasil, Santa Teresa, Rio de Janeiro.

Agradecimentos a Raissa Laban e aos realizadores.

Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com

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Aqui tem mais pra você “No rumo do Sem Fim”. Experimenta!
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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Beija-Flor carnaval 2025 desfile 250303

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(C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved. Imagem protegida pela lei 9610/1998

Beija-Flor carnaval 2025 desfile 250303

A Beija-Flor foi a segunda escola a se apresentar na segunda-feira, dia 3 de março de 2025, segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca, no Sambóromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

O enredo "Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas", do carnavalesco João Vitor Araújo,
 deu à escola de Nilópolis o título de Campeã do Carnaval carioca. 

Agradecimentos aos componentes da Beija-Flor de Nilópolis, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com

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