quinta-feira, 8 de maio de 2025

Beija-Flor carnaval 2025 desfile 250303

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(C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved. Imagem protegida pela lei 9610/1998

Beija-Flor carnaval 2025 desfile 250303

A Beija-Flor foi a segunda escola a se apresentar na segunda-feira, dia 3 de março de 2025, segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca, no Sambóromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

O enredo "Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas", do carnavalesco João Vitor Araújo,
 deu à escola de Nilópolis o título de Campeã do Carnaval carioca. 

Agradecimentos aos componentes da Beija-Flor de Nilópolis, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com

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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Unidos da Tijuca carnaval 2025 desfile 250303

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Unidos da Tijuca carnaval 2025 desfile

A Unidos da Tijuca abriu a segunda noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca na segunda, 03 de março de 2025, no Sambóromo da Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro.

O enredo "Logun-Edé: Santo Menino Que Velho Respeita", do carnavalesco Edson Pereira
 para o carnaval 2025 deu à escola do Borel o nono lugar no desfile. 

Agradecimentos componentes da Unidos da Tijuca  à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.

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terça-feira, 29 de abril de 2025

Mangrulho


Mangrulho  

Texto e foto  Valéria del Cueto

Você sabe, caro leitor, o que é um mangrulho? De acordo com o dicionário a palavra tem dois significados:

1- Posto de observação, em lugar elevado, feito de madeiras toscas.

2 -Armação metálica ou de madeira sobre a qual se fixa uma luz, farolete ou bandeira, que serve para orientar a navegação.

Fui apresentada a palavra na primeira Califórnia da Canção que assisti ao vivo em Uruguaiana, a décima edição do mais importante festival de música nativista do Rio Grande do Sul. “O Mangrulho” é título e mote da composição defendida por Jorge André e os Uruchês, em 1980. Seus autores, Knelmo Alves e Marco Aurélio Vasconcellos.

Já conhecia a produção musical do evento pelos registros em LP das edições anteriores, onde mergulhava em termos gauchescos e estar ali, na terra de parte de minha família, foi uma experiência tão marcante que acabei ancorando por lá durante alguns anos.

Como jornalista, repórter e diretora da TV Uruguaiana, do Grupo RBS, faria a cobertura de algumas edições da Califórnia, festival idealizado por Colmar Duarte. Aprendi muito nesse período profissional que se encerrou quando fui avisada que era persona non grata na Argentina por causa das matérias que produzi durante a Guerra das Malvinas...

A aventura na fronteira oeste do Rio Grande do Sul perdeu parte do seu encanto com o impedimento de circular no país vizinho e acabei puxando o carro. Primeiro para o Rio de Janeiro e, depois, em direção a Mato Grosso, onde os sulistas já estavam chegando. Décadas depois, voltaria em outras edições para mergulhar na cultura gauchesca e festejar minhas origens familiares.

Hoje observo o mundo de um mangrulho moderno, que não é de madeira, mas de concreto. Meu posto de observação primário está localizado no pé da serra fluminense, sobre um riozinho. Usando a tecnologia moderna tomo conhecimento não apenas do que a vista alcança, mas de qualquer lugar do mundo, graças a internet. É daqui que, na maior parte do ano, acompanho a evolução dos acontecimentos que sacodem a humanidade.

Gosto do som da palavra mangrulho. Ela me lembra mergulho. A troca da vogal e o empurrão do R para depois do G para que o N tome seu lugar me dá uma sensação contraditória de distância e envolvimento, de estar atenta, positiva e operante.

Todos os anos troco o mangrulho do pé da serra por outro, que já foi de concreto e hoje é de ferro.

Falo da estrutura da torre de transmissão da Marquês de Sapucaí onde fico empoleirada durante parte dos desfiles das escolas de samba do carnaval carioca. De lá tenho uma visão especial da pista, das arquibancadas e da Apoteose.

Já contei, inclusive, em outra crônica chamada A torre (ou quem bejô, bejô), a aventura que foi para conquista-la, missão impossível para quem tem medo de altura, o que não é meu caso.

Tão difícil como chegar lá e ter forma física para o sobe, desce, corre pra pista. Por normas estabelecidas pela organização do espetáculo o caminho ficou muito mais longo, já que agora só dá para acessá-la pela armação ou pela dispersão. As passagens intermediárias, como pelo segundo recuo da bateria, foram fechadas. Haja perna, haja fôlego! A opção seria permanecer o tempo todo por lá, o que, é claro, não consigo fazer.

Esse ano o trajeto ficou ainda mais complicado. O corredor que dava acesso à estrutura pela parte de trás de circulação do sambódromo foi “incorporado” por um camarote. Agora, além do longo percurso, é preciso mergulhar num mar de gente que disputa o melhor lugar para assistir aos desfiles.

Chegar ao mangrulho de ferro requer mais prática, paciência e muitas amizades, especialmente dos seguranças e coordenadores que ajudam a abrir o caminho entre os animados frequentadores do espaço.

As imagens captadas da torre de transmissão valem o esforço!

Parece que o carnaval é o assunto desse texto, mas não.

O tema é o mangrulho, palavra antiga, quase perdida na imensidão dos pampas que serve de alerta aos cuiabanos, preocupados com a extinção de seu peculiar linguajar tradicional.

Sem que haja resistência e disseminação cotidiana, a preservação das raízes linguísticas acabará se perdendo, imergirá num mergulho sem volta nos novos maneirismos que hoje suplantam e suprimem os antigos costumes seculares da baixada cuiabana.

O Muxirum Cuiabano é um mangrulho que alerta à necessidade de registro e manutenção das tradições. Preserva, até em seu nome, não apenas relíquias arquitetônicas, mas também da língua e dos costumes dos que habitam a antiga Cidade Verde e a baixada cuiabana.   

*Valéria del Cueto é jornalista e fotógrafa. Das séries “Fronteira Oeste do Sul”, “Parador Cuiabano” e “É carnaval” (ponto triplo) do SEM FIM...  delcueto.wordpress.com

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