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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Quase perdido

Quase perdido

Texto e foto de Valéria del Cueto

Ando pela praia deixando para trás as janelas que me cercam, enfeitadas de suportes, motores e tubos dos respectivos aparelhos de ar condicionado. A visão não é mais dos encanamentos de gás, fios e cabos das operadoras que trazem o mundo exterior ao quadrado nosso de cada um.

Os sons das pancadas da obra do 102 ficam, juntamente com o esmerilhar de dias que viram semanas da reforma do 602, esquecidos apesar de ser (ainda) horário comercial nessa quinta feira de julho.

A cada passo deixo cair um incômodo, uma reclamação, um desamparo. Quem derruba pedaço a pedaço as camadas compostas por placas da armadura da (des)humanidade é o sol.

Seus raios descolam o barulho, o engolir desaforos, o desrespeito, o descaso com o cidadão, as ilusões perdidas, o cansaço (como [d]escrevo pouco essa palavra, tão presente nas lutas infindáveis de tantos que vivem a sensação do tempo e da vida desperdiçada).

No caminho, afundando as pegadas n areia, deixando que ela faça cócegas na planta dos pés, vou me livrando da camisa, da saia. Aumentando a área de contato direto com o calor e a sensibilidade aos fatores do entorno e sua luz encantada.

Os murmúrios do mar composto por diversos sons e ritmos inconstantes começam a penetrar e perfurar mais uma barreira levantada permitindo que se abra mais um sentido. O próximo elemento é a água tépida que brinca de lambiscar a areia. E, nela, estamos nós. Meus pés e eu. Primeiro, um arrepio. O prazer provoca um gosto de quero mais, depois. Agora não. Ainda não.

Falta pousar. Largar os pertences, se entregar ao nada do tudo que te cerca. Sigo procurando o lugar. Distraída, reconheço, fiscalizando as ondas, avaliando as possibilidades e, sim, viajando junto do menino que se lança com sua prancha de pra lá de depois da quina da Pedra do Arpoador numa onda perfeita. Passa riscando a danada, cruza bailando em seu miolo e sai dela, numa manobra final quando, depois de representar com excelência seu papel, a ondulação mingua extenuada marolando preguiçosa em direção a areia.

Pois foi dessa marola que meu olhar se fixou no bailar dos reflexos na água translúcida bem na beira. Só faltam os peixinhos nadando. Mas esses, a gente sabe que não estão na área. Se houvesse cardumes o horizonte estaria salpicado de embarcações pesqueiras, o que não acontece.

Sim, existem outras personagens no paraíso. Mas, diante de sua exuberância natural, se tornam menores. O som incomoda? Troca de lugar. Nem todos conseguem captar as vibrações reinantes? O que importa...

Essa não é uma crônica para relatar problemas e indelicadezas. Seu objetivo é narrar as delícias do paraíso que a natureza, e só ela, nos reserva enquanto deixarmos ao longe os gritos das crianças brincantes de alegria na beirada do mar que se misturam ao ritmo dos pregoeiros oferecendo seus produtos.

No lugar em que começo a escrever, depois de estender a canga, ler um pouco e deixar que meu espírito se integrasse a sintonia, começo a notar uma diferença no vai e vem do mar. Não sei explicar. Defino como uma urgência, um tom mais seco. Menos dolente. Sinal que a maré está subindo.

Tão inexorável quanto o sol que se inclina em direção aos prédios no horizonte. É ali que ele cai no inverno. Não é ele que define o movimento. É a maré que me obriga a ficar atenta, ligada e conectada. É a natureza que informa o momento de puxar a âncora, recolher a vida.

Quando levanto os olhos vejo os habitantes do planeta. Celulares nas mãos e nos olhos conferindo seus próprios “eus” emoldurados pelas imagens de um paraíso. Quase perdido...

*Valéria del Cueto é jornalista,   e gestora de carnaval. Da série “Arpoador”, do SEMFIM...delcueto.wordpress.com

Studio na Colab55

quarta-feira, 28 de março de 2018

Luz de outono em Ipanema

Luz de outono em Ipanema

Março está chegando no final. Além de conferir no calendário dá para ver as mudanças na luz do Arpoador e na paisagem registrada no caminho até o posto 9, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Apesar do mesmo cenário explorado, existem sutis diferenças entre este e o ensaio apresentado na postagem Arpoador, fevereiro no Rio de Janeiro: a posição do sol, que agora está caindo entre as montanhas e os prédios (antes caía entre as ilhas e a ponta do morro do Vidigal), o tipo de nebulosidade que abraça o Morro dos Dois Irmãos...

No primeiro caso, a direção em que os raios solares no final do dia incidem sobre o relevo da areia e sua conformação, desenhada pelas marés outonais ( no caso dessas, as fotos foram feitas durante o final de uma ressaca) definem e colorem no contra-luz os contornos dos corpos e objetos. Já as nuvens, parecem mais compactas e com menos franjas, devido aos ventos e correntes aéreas.

Tudo muda. Tudo se re-desenha.

Nos vídeos o paredão do Arpoador e o mar subindo pela faixa de areia e batendo nas pedras são exemplos da proposta do plano fixo e do "deixa rolar".

Apenas com a movimentação, se houver, dos personagens em cena. Os registros têm em média, mas não obrigatóriamente, um minuto. Tempo necessário para o principio da desaceleração e início da contemplação. Por isso estão reunidos no playlist MAR, do youtube, para seu deleite.




O que me inspira? O tempo que morei fora do Rio e precisei fechar os olhos e reconstruir de memória essas cenas tão simples e essenciais para quem nasceu na beira do mar, ou o ama perdidamente, como eu....

O ensaio fotográfico e os vídeos são de Valéria del Cueto para @no_rumo do Sem Fim
Clique AQUI ou na foto para ver o álbum no FLICKR


Além das fotos, os vídeos que mostram o ambiente local. Curta nossa página no Facebook e se inscreva no canal del Cueto, no youtube.

Aqui tem mais pra você:

Já seguiu “@no_rumo do Sem Fim”?
Lá você encontrará o conteúdo produzido por Valéria del Cueto e também links para objetos e desejos produzidos no Studio@delcueto!

Ideias e design disponíveis nas plataformas:
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Studio na Colab55

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Redentor na Apoteose do Studio@delcueto #quemsambasabe

Redentor na Apoteose do Studio@delcueto #colab55

Ainda da pista do Sambódromo vem a inspiração para a segunda coleção da temporada de folia 2018 no  Studio@delcueto.

A arte de Redentor na Apoteose reinterpreta  o que precisamos no momento que a festa atravessa nessa (dura) etapa do processo de sua evolução: a integração entre a Cidade Maravilhosa e sua maior representação popular, o carnaval.

O Rio de Janeiro é representado por seu ícone, eleito umas da 7 Maravilhas do Mundo Moderno,  o Cristo Redentor.

Nossa festa está sintetizada num objeto de desejo do povo do samba, o monumento situado no final da pista de desfile do Sambódromo, o Arco da Apoteose. A união dos dois símbolos numa única imagem só é possível num local.

E ele, só #quemsambasabe onde fica...

Cristo e a folia

Esta não é a primeira coleção de Valéria del Cueto que homenageia o Cristo Redentor. Redentor na Apoteose une duas linhas de inspiração do Studio@delcueto.

É parte do grupo formado pelos Cristos Azul, Verde e branco e Verde e rosa. Também está na linha foliã, composta por MEIO, do verão de 2018,  a Confete verde e rosa e as torcidas: Bandeiras vermelha e branca, azul e branca e verde e rosa, criadas na temporada de 2017.

Origem: Entre os arcos da Apoteose, o Cristo Redentor 


Um ponto, um momento e a certeza da presença. Só quem está na pista ou nas arquibancadas, num certo ponto do Sambódromo do Rio de Janeiro, a Passarela do Samba Darcy Ribeiro, na Marquês de Sapucaí, é capaz de ter essa visão. O Cristo Redentor, no alto do Corcovado, emoldurado por um dos arcos da obra escultural de Oscar Niemeyer, a Apoteose do Samba.

A imagem original da coleção Redentor na Apoteose foi feita no sábado das Campeãs do Carnaval 2017, dia 4 de março. Quer, dizer, no amanhecer do dia 5. A Portela foi a última escola a desfilar, comemorando seu título de Campeã do Grupo Especial. Como essa parte do acervo ainda não foi editada, deixo aqui o link do álbum Portela, carnaval 2017, ensaio técnico produzido no Sambódro, dia 12 de fevereiro de 2017 .

Concepção

Mais uma imagem resumida nas linhas básicas e ao contorno do registro fotográfico valorizando os dois elementos principais do quadro.  Em algumas peças foi mantido o tom do amanhecer ao fundo. Em outras, os elementos foram vazados e o guindaste do Carvalhão, tão significativo e representativo para quem está na pista, eliminado. Em nome da limpeza visual do recorte.

Estar nesse ponto da Sapucaí e alcançar essa visão significa que a missão está cumprida. Só resta agora torcer para voltar para desfilar no sábado sa Campeãs, ou aguardar até o ano seguinte...

#quemsambasabe é a nossa hashtag das coleções carnavalescas do Studio@delcueto. Na Colab55, o hub brasileiro de nossos produtos, segue sendo #coisadorio




E tem mais, se seu estilo é de poucas linhas e quase nenhuma palavra. Conheça as coleções Bamboo e Signal disponíveis para vendas internacionais pela plataforma redbubble. Novos produtos e muitas opções exclusivas.


Detalhe: o #redbubble oferece mais de 50 opções de produtos!

Explore nosso novo canal de vendas, clicando AQUI e de qualquer lugar do mundo tenha a seu alcance produtos exclusivos do Studio@delcueto desenvolvidos dos registros fotográficos de Valéria del Cueto

 No Getty Images

Imagens produzidas estão na coleção Sem Fim… de Valéria del Cueto no Getty ImagesExclusivas do banco de imagens, elas também estão a venda!

Conheça também o hub na #colab55 do  Studio@delcueto

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Studio na Colab55

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Almofadas do Studio@delcueto



*Coleção Amendoim

Dois tamanhos e duas opções para você decorar sua casa com as almofadas em estampas exclusivas e material de qualidade: quadrada ou retangular, só a capa ou com o enchimento.

Studio na Colab55
Tudo para levar um produto com estilo e de personalidade aos fãs do Studio @delcueto.
Esses e outros objetos de decoração criados a partir do trabalho da fotógrafa Valéria del Cueto
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Quem procura acha

Studio na Colab55

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Bandeiras azuis e brancas no Studio @delcueto na colab55

Bandeiras azuis e brancas no Studio @delcueto na colab55

É carnaval no Studio @delcueto!

Ele começa num estudo de amor e dedicação. Não importam as cores, o que une esses apaixonados é o samba e o carnaval. Viva as torcidas!

O carnaval é a maior festa carioca e nela afino as lentes das máquinas fotográficas há, pelo menos, uma década. É natural que essa inspiração chegasse rapidamente ao Studio @delcueto. Dos registros dos últimos anos, vem as três primeiras coleções com inspiração carnavalesca.

A primeira coleção a chegar pedindo passagem e saudando o público é a das Bandeiras azuis e brancas. Com objetos de moda, decor e papelaria, além dos cases, feitos para aquecer o coração e preparar os tamborins.

O projeto se baseia no registro fotográfico de Valéria del Cueto na passarela do samba do Rio de Janeiro, o Sambódromo Darci Ribeiro. com ele, o carnevalerio.com abre seus trabalhos de momo.

Evoé!

Aqui, a coleção inicial das artes. Para detalhes dos produtos, passe no Studio @delcueto ou clique no objeto que você preferir abaixo

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Quer mais fotos especiais? Viaje na coleção Sem Fim… de Valéria del Cueto no Getty ImagesExclusivas do banco de imagens , elas também estão a venda!

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