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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Estância São Lucas 2017, por Valéria del Cueto


Estância São Lucas, Uruguaiana, Rio Grande do Sul, é uma criadora de gado Braford, com anos de tradição no segmento. Estive por lá nos dias  30 e 31 de março de 2017 para fazer um registro da pesagem, avaliação do desmame para o PROMEBO animais Braford nascidos em 2016.

As impressões literárias da visita estão na crônica "A lo largo", publicada aqui @no_rumo do Sem Fim

Agora, é a hora de conhecer as coleções feitas por lá.

Primeiro, a do trabalho em si.
Estancia São Lucas 2017 - Pesagem, avaliação do desmame braford 2017<script>

E, agora, a das fotos do entorno e do clima do lugar tão especial do lugar.
Estancia São Lucas, entorno e viagens fotográficas 2017<script>

Agradecimentos aos anfitriões Nilson Faria Correa e Judith Faria Correa assim como a paciência dos peões que me viram rondando o trabalho da estância.


Ensaio fotográfico de Valéria del Cueto

@no_rumo do Sem Fim… delcueto.wordpress.com
@delcueto convida: passeie pelo o Studio @delcueto

Studio na Colab55

segunda-feira, 3 de abril de 2017


Texto e foto de Valéria del Cueto

É muito bom ser geminiana e gostar de ter diversas vidas. Isso faz que seja uma metamorfose tranquila trocar de ares como quem muda de roupa. Depois do carnaval de Uruguaiana é a hora de reacender as raízes pampianas. Para isso, nada melhor que um mergulho no silêncio das suaves colinas da fronteira oeste, na Estância São Lucas.

Tudo programado e preparado “au grand complet” com uma passagem na La Bodeguita pra providenciar um rancho a altura do cenário: queijo e salame da colônia, costelinhas de bovino, cebola para assar, bala de goma e alfajores para sobremesa e, vindo do outro lado da fronteira, no caso do Uruguai, algumas garrafas de vinho  a serem degustadas enquanto o fogo é feito, a carne fica no ponto e  um picado engana a fome que só aumenta enquanto ouvimos o trepidar do carvão em brasa. Vida mansa no final do dia.

Na chegada na estância no meio da tarde damos passagem ao gado da raça braford que vai sendo recolhido à mangueira. No dia seguinte os animais serão apartados pelos peões pilchados a cavalo para trabalharem o rebanho. Ali já dá para saber que o tão almejado silencio noturno será substituído pelo coro de mugidos  que ponteará madrugada afora, como uma sinfonia.

A imagem, impressionante para quem nunca viu a movimentação, é um colírio aos olhos saudosos que ficaram mais de um ano longe da lida campeira. Ao final do dia, uma mateada e algumas fotos dos gaúchos reunidos no galpão proseando ao cair da tarde.

A luz é muito especial. As sobras se alongam fazendo desenhos no campo, delineando o relevo das árvores contra as cores impressionantes do entardecer outonal.

Basta percorrer a cerca que protege a casa principal até a porteira para captar várias configurações da paisagem. O sol vai se pondo, ora no meio do arvoredo, ora no contorno suave da planície, dependendo do ponto de vista. O lusco fusco avermelha o horizonte e cria outras imagens dramáticas quando se acrescentam os contornos das porteiras e cercas dos bretes.

Quando resta penas um fiapo de luminosidade mais uma surpresa. A lua nova que dá as caras fininha, obriga a uma rápida mudança nos parâmetros da câmera fotográfica para que o sorrido do gato de Alice (a do País das Maravilhas) imprima nos sensores. Todo esse movimento acontece sem trégua. Deixa uma sensação de urgência para que tudo seja devidamente registrado. Mal comparando, é como uma escola de samba que passa na sua frente. A gente sabe que não pode perder nenhuma ação pois ela não se repetirá novamente. É hoje só, amanhã não tem mais, pelo menos daquela maneira exata.

O próximo ato é cair de boca no churrasco ao som de um programa de música nativa dos Pampas. Uma vingança à Carne Fraca que habita o cotidiano dos brasileiros em geral. E que se dane o colesterol, porque a gordurinha tostada é irresistível e o vinho dilui as incertezas futuras.

Coragem mesmo é mudar o fuso horário e, em busca da imagem perfeita, sair da cama por volta das 6 da matina, enfrentar o friozinho da madrugada partindo, de pilcha e botinas, em busca de ângulos que valorizem o prateado do orvalho que – ainda - molha os campos. O trabalho com o gado sendo apartado para a pesagem e a avalição rende registros de um estilo de vida fatigante, normalmente narrado de forma poética. Não é fácil a vida campeira. Essa conclusão se fortalece a medida em que o dia vai “adelante” e o calor castiga os animais e quem labuta na terra.

A poeira levantada pelas patas dos animais poderia ser apenas um filtro que deixa as imagens mais “doces” se não impregnasse a roupa, as peles suadas dos animais, de quem se dedica ao trabalho da pecuária e – ai de mim -, o delicado equipamento fotográfico.

Nada que não valha a pena quando o resultado do dia no campo ficar guardado, não apenas na memória de quem estava na lida, mas ao alcance dos que, sem passarem por todas as etapas aqui narradas, puderem viver esses momentos visitando os registros que trago de lá...   
*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Fronteira oeste do Sul”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com

Studio na Colab55

domingo, 17 de abril de 2011

Estância São Lucas - Braford




Chegamos a mais uma faceta da São Lucas. A criação pecuária da raça Braford. As características dos animais são a cor da pelagem avermelhada e os oculares, ou seja, as manchas nos olhos dos animais.

Aqui, o gado é criado solto e, pra "negociar"a pose dos animais, é preciso ter uma forma pessoal de diálogo para que ele fiquem nas posições que valorizem seus atributos. Fiz as fotos com a Judith e o Nilson, e espero ter colaborado com o registro do plantel da Estância.

* Conheça a sede, a granja, silo, secadora e lavoura nos links indicados.

** Fotos de Valéria del Cueto para a série Fronteira oeste do Sul, do Sem Fim.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Estância São Lucas - granja, secadora, silo e lavoura




Aqui o astro é Rodrigo, especialista em embalar feno. A supervisão é do Nilson, que me levou por um passeio pelas máquinas que secam e debulham o arroz colhido na lavoura da São Lucas.

* Fotos de Valéria del Cueto para a série Fronteira oeste do Sul

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estância São Lucas - sede




Esta não é a primeira vez que visito e fotografo a São Lucas. A primeira vez foi ha dois anos atrás, quando também fiz a cobertura do carnaval pelo Tribuna de Uruguaiana.

Uma boa noite pra fora me recupera do cansaço do trabalho na pista. Quem me proporciona este reparo é o Nilson e Judith, meus primos queridos, a quem agradeço de coração o privilégio.

Nestas fotos, procuro não repetir registros dos mesmo planos de 2009. As fotos deste período estão nos albuns "Pra fora" na página 5 da pasta FOTOS do Sem Fim

Descanso, descalço
Enxada largada
Morada portão
Arvoredo
Energia açude
passagem cenário
retorno caminho
porteira atitude
Saudade.

Vagabinha e fotos de Valéria del Cueto para a série Fronteira Oeste do Sul.