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(C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved. Imagens protegidas pela lei 9610/1998
Raízes Nativas e povos originários:
arte como resistência cultural e política
Do Templo do Carnaval, na Marquês de Sapucaí, ecoam a cada ano, nos desfiles das escolas de samba cariocas, sons, imagens e anseios das comunidades que alimentam e nutrem o fantástico imaginário carnavalesco. Ele descortina, sublinha e ressignifica histórias e personagens incorporados pelo povo do samba.
O samba sabe, quem sabe samba e as raízes nativas, os povo originários, inspiram, integram e se projetam na rica arte alegórica produzida nos barracões das escolas de samba e de vida. As que promovem o maior espetáculo popular do planeta...
Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com
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O Paraíso do Tuiuti trouxe para seu primeiro ensaio técnico na Marquês de Sapucaí, dia 01 de fevereiro de 2025, elementos apresentados pelos segmentos da escola de samba de seu enredo para o carnaval 2025, "Quem tem medo de Xica Manicongo", do carnavalesco Jack Vasconcelos.
Agradecimentos ao Presidente Thor, Renatinho Marins, à Super Som, Mestre Marcão, Markinhos, aos componentes do Paraíso do Tuiuti, à Liesa, Rio Carnaval e Riotur.
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Ensaio fotográfico e vídeos publicados no canal @del Cueto, no Youtube de (C)2025 Valéria del Cueto, all rights reserved @no_rumo do Sem Fim…
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O Paraíso do Tuiuti trouxe para o mini desfile do Dia Nacional do Samba de 2024, na Cidade do Samba, elementos apresentados pelos segmentos da escola de samba de seu enredo para o carnaval 2025, "Quem tem medo de Xica Manicongo", do carnavalesco Jack Vasconcelos.
Os vídeos do acervo carnevalerio.com do Paraíso do Tuiuti no mini desfile do Dia Nacional do Samba, 2024.
Agradecimentos ao Presidente Thor, Renatinho Marins, à Super Som, Mestre Marcão, Markinhos, aos componentes do Paraíso do Tuiuti, às Liesa, Rio Carnaval e Riotur.
Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com
Ensaio fotográfico e vídeos publicados no canal @del Cueto, no Youtube de (C)2024 Valéria del Cueto, all rights reserved @no_rumo do Sem Fim…
Estou me apegando a todos os santos e
mandingas pra fazer esse texto pegar no tranco. Sorte que não sou um mecanismo
digital ou hidramático, o que significa que um bom empurrão faz algum efeito
sobre uma bateria exaurida. No caso, a minha.
Daqui a pouco ninguém mais vai saber do
que trata essa metáfora automotiva do milênio passado, eu sei. Como também sei
que estou, de novo, passando por aquele momento “se não tenho nada pra acrescentar,
o melhor é calar”.
Só que essa hipótese pode trazer um
prejuízo irrecuperável à regularidade das crônicas do Sem Fim. Queria que esse
fosse o dilema atual da escrevinhadora. Só que não é. Os motivos das últimas
rateadas são mais prosaicos.
Depois de eleger as areias das praias
cariocas como espaço/tempo para desenhar as sempre mal traçadas linhas das
páginas de muitos caderninhos - primeiro, na Ponta de Leme, de onde sou cria,
há décadas atrás e, mais tarde, no paredão do Arpoador ou na sempre invisível
Praia do Diabo, saí procurando outro paraíso que estimulasse, se não minha
imaginação, ao menos meus vastos e inconstantes pensamentos catapultados pelo
oceano de informações que, hoje, chegam a qualquer lugar pelas ondas indomáveis
da Nazaré das redes sociais.
É justamente esse tsunami e todos os
rejeitos que ele produz em sua rota de destruição que acaba provocando uma
inversão na dinâmica de produção de conteúdo.
Em vez de garimpar pepitas brutas
escondidas nas dobras do pensamento que chegam com as marés somos obrigados a
virar catadores nos lixões irregulares transbordantes de chorume, com espumas
de tolices, gosmas de sandices e dejetos movediços de horrores que nos impedem
de depurar sentimentos, “dexavar” ideias, burilar conceitos.
Somos movidos por efemérides pré-estabelecidas
e teorias rasamente concebidas por algoritmos gerados e comandados pela... inteligência
artificial.
Aquela que dita regras como a de que “temos
que ter um nicho” de ação na rede, por exemplo. Postar várias vezes ao dia,
outra exigência. Ter uma “comunidade”, mais uma. Mostrar a cara. Expor sua
rotina...
Estou lascada já na largada para esse
“salto mortal digital” com esse meu complexo de senzala, como diz meu pai, que
me impede de obedecer a qualquer regra ditada por sei lá quem quando era gente
e o que pra IA que nos comanda e nem ser humano é. Sempre fui guiada por uma
força estranha que me impede de ter amo e/ou senhor, como dizia o samba do
Paraíso do Tuiuti de 2018. Não à toa um dos meus codinomes era “rebelde”.
Não foi por falta de tentativa de fazerem
da minha, uma vida mais fácil nesse mundo que já não existe mais. Mundo esse, em
que a individualidade tinha algum valor e bastava que essa chama fosse sempre
(bem) alimentada com o conhecimento que gerasse argumentos para resistir ao
assédio do mais do mesmo.
Dancei. Ou não, porque nem assim sucumbi
e me orgulho de seguir pensando e expondo meus delírios nos últimos 20 anos.
Meu problema é com uma consequência
dos ouvidos moucos feitos por todos os que, voluntariamente, ou não, ignoraram
todos os alertas sobre as mudanças do planeta. Sim são eles, já cantados por Jorge
Mauter e Nelson Jacobina no século passado: os mosquitos!
Especificamente o Aedes que transmite
Zika, dengue, Chikungunya e, desde sempre a febre amarela, agora adormecida.
Doenças virais capazes de tocar horror no sistema de saúde e exponencializar meu
impedimento de uma produção literária sacralizada.
Eles mordem! E, cá entre nós, não se
assustam mais com DDT, sprays e receitas caseiras de proteção. Estão dando de
mão e comandando o jogo da saúde popular. E da minha crônica. Foi uma mordida
no joelho repleto de creme protetor fedorento que me fez, mais uma vez, fechar
o caderninho e dar por encerrado esse texto.
Mas só esse. Porque, assim como posso
ignorar a ditadura artificial, serei capaz de mudar meu ritual e seguir
falhando, mas entregando os rabiscos e fotos que registram meu tempo e o que
vejo no planeta.
(C)2024 Valeria del Cueto, all rights reserved. Protegido pela lei 9610/1998. Ensaio técnico do Paraíso do Tuiuti na Marquês de Sapucaí. A escola de São Cristóvão, apadrinhada por São Sebastião, apresentará o enredo de Jack Vasconcelos “Glória ao Almirante Negro”, Sobre João Cândido e a Revolta de Chibata.
Clique no LINK para acessar o álbum de fotos do acervo carnevalerio.com
Agradeço a Mestre Marcão, Markinhos , aos diretores, ritmistas da Bateria Super Som pelo carinho e a Renatinho Marins em nome da direção do Paraíso do Tuiuti pela oportunidade de mergulhar no coração do quilombo do samba. É uma honra poder registrar esse carnaval.
A Mocidade Independente de Padre Miguel, o Paraíso do Tuiuti e o Salgueiro fizeram seus ensaios técnicos (o segundo da Mocidade na temporada), no domingo 21 de janeiro de 2024.
As chuvas irregulares castigaram componentes da escolas e foliões que lotaram as arquibancadas. Ruim. A água foi a protagonista da noite, apesar das expectativas com o novo sistema de som e a iluminação cenográfica. Festa do povo do samba….
Agradecimentos à Liesa, Rio Carnaval e Riotur, pra variar, e aos incríveis componentes que fizeram a f(r)esta com um entusiasmo emocionante. Imagens de Valéria del Cueto / acervo carnevalerio.com @no_rumo do Sem Fim… http://delcueto.wordpress.com
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Finalmente
vou falar de carnaval. É claro que com uma virada de maré pela proa. Ia elogiar
o mini desfile do Dia Nacional do Samba, os ensaios de rua que agitam as noites
nas comunidades cariocas e da região metropolitana que se dedicam à f(r)esta,
falar do lançamento dos sambas enredo pela Rio Carnaval nas plataformas
musicais e a expectativa na chegada dos ensaios técnicos em janeiro. Faltam só
dois meses para o carnaval!
Ia
e vou, mas com o olhar voltado para uma escola, um enredo. Pelo menos nessa
crônica.
Visitei
os enredos para analisar os mais interessantes aos ouvidos e olhares dos
leitores, especialmente os de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul, que acompanham
a longa saga da série “É carnaval” em
crônicas, matérias, fotos e vídeos.
De
cara pensei no caju, fruta tão cuiabana. Seja perpitola (dane-se a linguagem
simples), com seu sabor, aroma e cores, seja na música (de Vera e Zuleica, por
exemplo), ou na arte de gente do naipe de Adir Sodré e João Sebastião, lá está
a delícia.
Passei
pela onça da Grande Rio, pela cigana Esmeralda da Imperatriz e o Lunário
Perpétuo da Porto da Pedra. Tudo aí ligado a nosso imaginário popular.
Só
que no caminho, antes de terminar a rodada, topei com o Paraíso do Tuiuti, o
Almirante Negro e episódio que durante muito tempo não fez parte da história do
Brasil. Aquele que a gente conhece da música de Aldir Blanc e João Bosco,
censurada na ditadura. A que teve que mudar o título de “Almirante Negro” para “O
mestre-sala dos mares” e que no refrão almirante virou navegante. Essa!
O
movimento que eclodiu dia 22 de novembro de 1910 e só foi nomeado como Revolta
da Chibata em 1959 no livro de Edmar Morel, o primeiro a “retratar” o evento. De
1937 a 1945, por exemplo, a história não pode ser contada por causa da ditadura
Vargas. Aquela cujo chefe do DPI, Departamento de Imprensa e Propaganda era Filinto
Muller. Ele mesmo. Ela ressurge no samba que viraria um clássico do repertório
da MPB em plana ditadura de 1964.
Mas,
afinal, onde entra Mato Grosso nesse episódio?
Acontece
que a revolta que fez os marinheiros tomarem os quatro maiores navios da esquadra
brasileira e voltarem seus potentes canhões para o centro da capital federal, o
Rio de Janeiro, foi desencadeada por um castigo corporal imposto a Marcelino
Rodrigues Menezes.
É
aí que entra o personagem nascido em Nossa Senhora da Conceição do Alto
Paraguai Diamantino em 1856, João Batista das Neves. Pelo código disciplinar o
castigo poderia ser de, no máximo, 25 chibatadas (!). Só que... Ele, o
comandante do couraçado Minas Gerais, ordena que sejam dadas 250. Na frente da
tripulação que vê o marinheiro desmaiar e continuar apanhando. Deu ruim.
A
ordem do mato-grossense desencadeia a revolta que o levaria à morte, já que
voltou ao navio mais cedo de uma homenagem, se recusou a sair da embarcação e feriu
um marinheiro revoltoso. Deu muito ruim.
Os
insurgentes exigiam o fim dos castigos corporais (90% dos marinheiros eram
negros) e melhoria na alimentação. Hermes da Fonseca, presidente que havia
assumido uma semana antes, se recusou a dialogar e o Senado Federal assume as
negociações que levam a proibição das chibatadas e a anistia dos revoltosos, rapidamente
quebrada pelo governo.
Centenas
de marinheiros foram fuzilados. 2000 expulsos da força. João Candido, o líder,
preso, transferido para Hospital de Alienados, tem alta e volta para a prisão
na Ilha das Cobras, até ser absolvido de todas as acusações em 1912. É
defendido, a pedido da Ordem de Nossa Senhora do Rosário e dos Homens Pretos pelo
jovem jurista Evaristo de Moraes.
Aos
gaúchos, curiosos pra saberem qual a relação com essa saga esclareço que João
Cândido Felisberto, que recentemente teve seu nome inscrito no livro dos Heróis
da Pátria, nasceu na Provincia de São Pedro do Rio Grande do Sul. Hoje,
município de Encruzilhada do Sul. Sua origem está na letra do samba enredo que
diz:
“Ô,ô,
a casa grande não sustenta temporais/ Ô, ô, veio dos Pampas para salvar Minas
Gerais”
Já
a origem do estopim da Revolta da Chibata, essa não faz parte do samba. Uma rua
de Cuiabá leva seu nome. Outra em Diamantino. Na capital de Mato Grosso não
existe um logradouro com o nome de João Cândido.
Por
aqui, depois da pérola musical de João e Aldir, é a vez do carnaval (mais uma
vez), agora no Grupo Especial das Escolas de Samba, na composição de Moacyr Luz,
contar a saga da “Revolta da Chibata” no samba que o Paraíso do Tuiuti “apura” nos
ensaios de rua e levará à Sapucaí. Segura o refrão:
“Liberdade
no coração/ o dragão de João e Aldir/ A cidade em louvação desce o morro do
Tuiuti/”
Paraíso do Tuiuti carnaval 2018 desfile de domingo
A azul e amarela foi a quarta escola a desfilar no Grupo Especial das Escolas da Samba do Rio de Janeiro, no domingo, 11 de fevereiro de 2018.
Com o enredo "Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?", do carnavalesco Jack Vasconcelos, fez um desfile surpreendente e arrebatou o vice-campeonato. Voltou à Marquês de Sapucaí e foi a penúltima escola no Desfile das Campeãs a se apresentar.
O grande impacto inicial provocado pela apresentação foi responsabilidade do coreógrafo Patrick Carvalho, criador da comissão de frente.
A Tuiutí era a quarta escola a desfilar e a Mangueira a sexta. Planejei acompanhar a cabeça da escola, mas não me adiantar e subir para a torre e fazeraz os planos do alto. Se usasse esse roteiro diminuiria meu tempo para fazer registros da concentração verde e rosa que começava a se organizar do lado do Balança.
Paraíso do Tuiuti carnaval 2018 desfile de domingo
Mas, na apresentação da comissão de frente no segundo módulo já vi, pela reação da platéia, que precisava afinar as fotos da escola. (Faz alguns carnavais que evito o primeiro módulo, mais difícil de trabalhar pela quantidade de fotógrafos. Só paro no local na escola que antecede a verde e rosa para não perder o registro, já que essa agremiação sempre tem uma cobertura menos apurada)
Como não imaginava que ela pudesse desfilar entre as 6 mais bem posicionadas no desfile das campeãs optei por não perder a linha principal da apresentação considerando que haveria apenas um desfile, o de domingo. Fui descendo no sentido contrário do desfile, de modo que peguei o último carro entrando na área de julgamento, saindo do Setor 1.
O FLICKR é o acesso para a coleção de imagens e ensaios da fotógrafa Valéria del Cueto.
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A Escola do Cachorro Sambista é o livro de Felipe Ferreira e Mariana Massari, lançado antes do carnaval 2009. Eles, cachorros, estão representados em vários carnavais. São componentes das avenidas do Rio de Janeiro e de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
Fotos de Valéria del Cueto para a série Carnaval 2009